sábado, 21 de setembro de 2013

Contando 8 cidades: Jaboticabal

Antes que perguntem: não vi nenhuma jabuticaba aqui, talvez não seja o tempo. Mas cana e laranja não falta. Mais uma cidade que conheço de placa da estrada. Talvez, inconscientemente, esta viagem tenha a ver com minha juventude quando, ali pelos 14-17 anos, viajava muito de trem, com amigos, conhecendo cidades vizinhas e outras não muito longe, afinal, naquela época, era raro o jovem passar noite fora de casa, a não ser que fosse programado e combinado em casa. Estou curtindo muito a viagem nesse sentido.

Fiz o trajeto Sertãozinho todo debaixo de chuva. Pensei em parar em Barrinha, meio do caminho, mas como estava agradável pedalar com a sensação térmica refrescante, segui em frente. No caminho passei pelo Rio Mogi-Guaçu:

Jaboticabal é uma cidade antiga e a impressão que tive dela não é muito simpática. Diria ser uma cidade acanhada, talvez por suas ruas estreitas e relevo muito acidentado; mesmo a pé, cansava-me facilmente em minha exploração do local. Tem muita rua de paralelepípedo (ao menos na região que fiquei) o que quase me derrubou, literalmente, na chegada, pois chovia e o chão liso me pegou de surpresa.

Como toda cidade interiorana brasileira, tem uma praça principal, com sua Igreja Matriz, aqui a de Nossa Senhora do Carmo.
Coreto, sempre presente
Igreja Matriz
A cidade não é lá amigável para ciclistas, pelo relevo. Por outro lado, achei até que o ciclista é bem respeitado pelos motoristas, em geral, ao contrário de Ribeirão Preto...

Quer ir a um banco, em Jaboticabal? Não tem erro, é na Praça dos Bancos, onde se concentra a grnde maioria das agências. Antevisão do Setor Bancário, lá em Brasília .
E é uma praça grande, bonita, acolhedora.
Ponto de taxi, na praça central da cidade

Fiquei num hotel simples, mas adequado às necessidades de quem só vai passar a noite ou pouco tempo, geralmente vendedores e funcionários de empresas de fora que vem executar grandes obras na região. Isso é comum aqui: em todas as cidades que passei isso é constante, empresas de diversos pontos do país enviam técnicos e trabalhadores outros para instalação de painéis rodoviários, construção de instalações industriais e por aí vai. Isso talvez explique a dificuldade que tenho tido em conseguir vaga em hotéis desse nível. O Hotel que fiquei é o Hotel do Mi, na parte alta da cidade, próximo do centro e ao lado do Fórum e do Museu Ferroviário, ainda em implantação.
Museu Ferroviário - antiga estação
Jardim Japonês, comemora a imigração
Devido a ter chovido quase todo o tempo que passei aqui não fui à Prefeitura para uma visita formal; quando cheguei lá o expediente já se encerrara e fiz essas fotos no local. Muito bonito, diga-se. Fica numa esplanada arborizada (Esplanada do Lago, oficialmente), com um grande lago ladeado por palmeiras. Deve ser agradável trabalhar num cenário assim...

Parece que estou aprendendo o auto retrato...
Aqui em Jaboticabal, logo que entrava na cidade, passei pelo campus da UNESP, que tem uma ciclovia ligando à cidade. Ponto positivo. (Não fiz fotos porque chovia muito mesmo no momento)

No dia de minha saída fazia um sol fraco, bem agradável para pedalar, mas que se tornou um inimigo depois da metade do caminho, muito forte, desestimulante. Mais uma cidade para trás. Ficam as recordações.


Nenhum comentário:

Postar um comentário