terça-feira, 26 de agosto de 2014

Mudança dos ventos II

Assim como os ventos que carregam chuvas não passaram pela Cantareira e por todo o Estado de São Paulo, como aqui no Planalto Central também não, os ventos que fazem chover na horta do Tio Patinhas não passaram por aqui. Logo, falta dinheiro para cumprir o roteiro de Tordesilhas que havia programado. (Melhor não planejar, como tudo em minha vida anteriormente, que até aqui, aos trancos e barrancos, deu certo)

O jeito é reduzir o roteiro ao mínimo necessário para eu manter minha sanidade...

Relembrando meu post de 09 de setembro de 2013, ainda nos preparativos desta epopeia:

"Uma ideia que me atraiu sempre, é a de visitar todos os municípios do Estado de São Paulo, 645 no total, pedalando. No entanto, a consecução dessa tarefa num período determinado - 2 anos, pode ser impossível de realizar. Assim esse número deverá se reduzir, talvez para a metade. Como todo cicloturista que se preza, ao final da viagem, será editado um livro e material video-fotográfico. Minha abordagem será um tanto além da simples descrição de impressões de viagem: um projeto cultural, ainda em detalhamento, será levado a efeito, tornando a aventura mais atraente."

Pois bem, devido às limitações financeiras, resolvi não mais criar rotas outras que não seja esta original. Aos poucos irei juntando cidade por cidade até completar as 645, não me importa quanto dure. Já são 73, só faltam 572. Mas como alguém disse, "uma grande caminhada começa com um pequeno passo", vamos lá.

Nesse quase 1 ano de pedalagem por SP conquistei um bom número de amigos, tanto reais - aqueles a quem conheci no caminho -, como virtuais, através do Facebook, por sua vez amigos desses primeiros. Minha rota no momento é um tanto imprecisa, procurarei conhecer alguns desses amigos virtuais, para elevá-los à condição de "amigos de carne-e-osso". Irei de ônibus até Marília, num bate-volta até Teodoro Sampaio. Na minha passagem recente por lá fiquei chateado por não ter ido visitar o Parque Estadual Morro do Diabo, o que farei agora.


Pretendo sair no dia 13 ou 14 de setembro, assistir um jogo do MAC lá no Abreuzão, passar por umas 10 a 15 cidades. O roteiro é este: Marília - Paraguaçu Paulista - Martinópolis - Regente Feijó - Anhumas - Pirapozinho - Sandovalina e Teodoro Sampaio.

Voltarei de ônibus até Tupi Paulista e irei pedalando por Andradina - Guaraçaí - Valparaíso - Araçatuba - Birigui - Buritama -  Monte Aprazível - Tanabi - Nova Granada.

Aí vou parar pra pensar, hehe... Se conseguir apoio para pernoite sem custo nas cidades citadas, poderei ficar mais tempo e visitar outras cidades; do contrário, pedalarei dali até São José do Rio Preto onde pegarei ônibus para Brasília. E aqui ficarei, até que outra onda benéfica me permita voltar e reduzir o deficit de cidades a visitar.

Simples assim.


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

XII Passeio Rodas da Paz


Enquanto à espera de viajar, vou pedalando por aqui, na intenção de não enferrujar e, quando chegar a hora de pegar a estrada sentir dificuldade. Apesar de que atualmente é difícil eu sentir dificuldade para pedalar, mesmo que tenha passado uma noite mal dormida. A única coisa que pega é me alimentar mal.

Citando o blog da associação:
O Passeio Anual da Rodas da Paz é um momento de celebração da cultura da bicicleta, de homenagem aos ciclistas que perderam suas vidas para a violência no trânsito e de congregação dos grupos de pedal do DF.

Eu, particularmente, sou avesso a pedalar em grupos, ainda mais com milhares de participantes (cerca de 6.000 segundo a organização do evento). Mas aos poucos vou me enturmando e perdendo o medo de gente que adquiri nos últimos 10, 15 anos... Gostei muito de ter participado, foi uma boa experiência.

Bem, não tem muito o que relatar, por isso é melhor mostrar com imagens o que foi o passeio.

Concentração com amigos em Formosa, na sexta-feira...




Sérgio, filho








Márcio e Sérgio, os filhos


Rui, um português que pedala pelo Brasil...

Isso é tudo. Até a próxima.


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Finalmente... planos!

Minha vida agora é pedalar... Desde que voltei do Oeste Paulista passo o tempo bolando rotas e roteiros. Enquanto batalho o dinheiro para a prática, vou detalhando, traçando distâncias e altimetrias, com a ajuda do google maps, buscando apoios.

Entre quatro opções, resolvi que o próximo projeto será Tordesilhas em 2 rodas. Para quem não se lembra, o Tratado de Tordesilhas dividia o mundo em descoberta, no final do século 15, entre o que caberia a Portugal e à Espanha. Definido pelo meridiano na posição 49º, aproximadamente. Seria o ponto a 370 léguas à oeste de Cabo Verde, um ponto um tanto impreciso, claro. Mas assim ficou convencionado pelo tratado entre os dois reis dos mares em 1494, a 07 de junho para ser mais preciso. Ou mais preciso ainda, dia 05 de setembro, quando foi ratificado por Portugal. E 520 anos depois, escolho esse dia para dar início a essa viagem. E espero conseguir cumprir esse calendário. O mapa mostra as diversas marcações feitas para determinar essa linha, em diferentes épocas e diferentes geógrafos. Adotei a marcação de Ribeiro, 1519, como meu parâmetro.

Um detalhe: dividi a viagem em 2 etapas separadas, Norte e Sul. Essa divisão se casa com a divisão do Brasil  feita pela Coroa Portuguesa em 1572, com o objetivo de melhor administrar uma terra tão grande. O limite que assinalaram ficava ente Ilhéus e Porto Seguro, à altura do paralelo 15 Sul, posição de Edilândia-GO, perto de Brasília. Projetei cerca de 3 meses para cada uma das etapas, pois não conseguiria pedalar 6 meses nessa rota sem passar por um período de chuvas, impraticável de pedalar. A primeira a ser feita é a etapa Sul, de Brasília-DF a Laguna-SC. Alguém interessado em ajudar, seja financeiramente ou com apoio logístico (local para pernoite e alimentação), fique à vontade, toda forma será benvinda.

A rota inicialmente está fixada assim: Saindo de Edilândia-GO, onde existe uma placa registrando o marco de passagem do meridiano, até chegar em Laguna, onde também existe um marco comemorativo.

As cidades visitadas serão: 

  • Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Abadiânia, Silvânia, Vianópolis, Cristianópolis, Caldas Novas e Corumbaíba (em Goiás)
  • Tupaciguara, Monte Alegre de Minas, Prata e Frutal (Minas Gerais); 
  • Icém, Nova Granada, Monte Aprazível, Buritama, Birigui, Lins, Garça, Duartina, Santa Cruz do Rio Pardo, Pirajú, Itaí, Taquarituba, Itaporanga (São Paulo); 
  • Santana do Itararé, Venceslau Braz, Jaguariaíva, Piraí do Sul, Castro, Ponta Grossa, Palmeiras, Lapa, Rio Negro (Paraná)
  • Mafra, São Bento do Sul, Jaraguá do Sul, Blumenau, Brusque, Angelina, São Bonifácio, São Martinho, Gravatal e finalmente Laguna, em Santa Catarina.
Como das viagens anteriores, o itinerário poderá ser mudado, em função das condições climáticas, principalmente em Santa Catarina onde existe um bom trecho de serras e pretendo evitar o litoral, sabidamente muito movimentada, inclusive por caminhões. No estado de São Paulo evitarei passar por cidades já visitadas anteriormente.

Se se observar ao mapa, teremos uma linha reta sentido Norte-Sul, que se situa entre os meridianos 48 e 50 graus oeste. É essa a ideia.

Reforçando: dependo muito de apoio para a realização dessa rota. Você pode ajudar adquirindo uma camisa que farei específica para este projeto, no valor de 75 reais, valor que está embutindo uma parte para pagar e camisa e outro tanto como colaboração.

Essa a ideia inicial da camisa. O logotipo de patrocinador entrará com destaque. Colabore mesmo... Cada real fará diferença. Se você  tiver uma ideia que me ajude a capitalizar, por favor, manifeste-se.

Aguardemos.