quarta-feira, 4 de junho de 2014

SP EM 2 RODAS - Fernão, capítulo à parte

Desde que a Gabriela, monitora do AcessaSP em Fernão, me contatou por email, no ano passado, convidando-me a passar por sua cidade, tornei essa visita um compromisso de honra... Inclusive foi por causa de Fernão que alterei a rota, saindo de Jaú ao invés de Marília.

Quando cheguei à cidade, notei que ela tinha tudo para ser evitada: pequena demais (não tem nem hotel...) e com um desnível de desanimar qualquer ciclista. Ainda bem que chegando, peguei só descida e saí pelo outro lado, mais plano.

Em compensação a receptividade da Gabriela e demais pessoas que contatei foi de extrema simpatia e cordialidade. Na cidade anterior, Duartina, fizemos contato por email e ela me contou que havia preparado uma atividade que me deixou quase apavorado: iria me levar à escola municipal onde eu diria umas palavras aos alunos. Quem me conhece proximamente sabe de minha dificuldade de falar em público. Felizmente os 4-5 anos de experiência em que trabalhei para a Escola Maria Montessori, em Formosa, vieram em meu socorro. A lembrança do contato com as crianças me tranquilizou, mesmo já tendo se passado 6 anos...

Cheguei no local do AcessaSP pela hora do almoço e... estava fechado. Procurei por um restaurante (que também não tinha) e fui para numa padaria que faz as vezes de restaurante também, inclusive com fornecimento de quentinhas para quem é de fora e trabalha na cidade (caso da Gabriela, que mora em Gália, a 9 km dali). E foi assim que conheci a querida Gabi. O local fica bem em frente à escola citada e dentro de um centro comunitário, por isso tinha um grande movimento de passantes. Enquanto aplacava a fome (!), vejo uma moça se aproximando, empunhando uma câmera fotográfica. Só podia ser ela... dito e feito.

A partir desse momento ela foi meu guia. Fomos ao seu local de trabalho, onde funciona também uma oficina de costura, cozinha, etc., essas coisas para mulheres. E como estava em horário de prática das aulas, lá fui eu contar minha história para as senhoras e senhoritas presentes. O interesse, a curiosidade vívida por minha história me deu a consciência maior desse meu ato de libertação, o de viajar de bicicleta. Só então me dei conta de que não é todo dia que se vê à frente de uma pessoa com mais de 60 anos, ex-depressivo, viajando só, de bicicleta. Uma vitória e tanto sobre mim...

Saímos daí e fomos enfrentar os monstros - as 142 crianças de Infantil até 5ª Série que me esperavam curiosas e barulhentas. (Lembrei dessa algazarra alguns dias depois, no posto Pinheirão, em Echaporã, com a barulheira de pardais nas árvores próximas ao final do dia).

Para minha tranquilidade, a Gabriela fez uma apresentação minha às crianças, o que me permitiu economizar palavras. Pra encurtar história: dei conta da tarefa, ufa!


Depois fomos ao Portal da Cidade, onde pedi-lhe uma foto mais elaborada, pois sou péssimo em fazer autorretrato. Íamos falar com o prefeito, mas ele estava em uma reunião que se alongaria por toda a tarde, o que inviabilizou nosso encontro. Para compensar, encontramos a primeira dama (sra. Sônia, muito simpática, por sinal) perto da Igreja Matriz de Nossa Sra. Aparecida. Íamos em direção à antiga Estação Ferroviária, bem conservada ainda, que é utilizada pela prefeitura local.

Em Marília morei em casa de madeira tipo essas...
Finalizei por aí a visita, precisava ir para Gália onde pernoitaria. Muito prestativa, a Gabriela ligou para o hotel e providenciou uma reserva para mim, o que foi bem proveitoso, pois aqui no interior de SP, os poucos hotéis das cidades pequenas costumam lotar durante a semana, de segunda a quinta geralmente por homens de negócios: vendedores, técnicos e outros trabalhadores de empresas que prestam serviços na região, principalmente nas estradas, onde pude notar intensa atividade de obras de duplicação, manutenção e asfaltamento de outras.

Concluo dizendo que Fernão ficou bem marcada em meu coração e mente. Com toda certeza voltarei lá mais vezes.

GÁLIA, 
rápida passagem

Gália ficou como o dormitório de Fernão, perdoem-me os galienses. Cheguei lá quase noite e saí bem cedo, o que não me permitiu conhecer mais detalhadamente. Sequer fui no AcessaSP ou na estação ferroviária. Quando voltar pela região (ah, sim, voltarei de carro para fazer turismo apenas) quitarei essa dívida.

Deixando Gália, passei por Jafa, distrito de Garça, onde visitei rapidamente o AcessaSP, felizmente ainda aberto, pois já eram quase 12 horas... Ali conheci os jovens Felipe e Vitória.
Saindo de Jafa em direção a Marília
Ainda teremos mais uma atualização, abrangendo o restante da viagem...

Próxima parada: MARÍLIA

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