Ciclovias reduzem congestionamentos em NY, aponta estudo
03 de Janeiro de 2014 • Atualizado às 14h31
Velocidade média dos automóveis em Manhattan cresceu quase 7% após implantação de vias para bikes.
Um estudo recentemente apresentado pelo Departamento de Transportes de Nova Iorque revela que as ciclovias da metrópole norte-americana ajudam a reduzir os congestionamentos e a aumentar a velocidade dos carros nas vias mais movimentadas. Reunindo uma série de registros sobre o trânsito na cidade, a pesquisa mostra que, após a implantação das faixas exclusivas para ciclistas, a velocidade média dos automóveis que circulam por Manhattan cresceu quase 7%.
De acordo com o estudo, a criação das ciclovias desde 2008 foi um dos principais fatores para os motoristas nova-iorquinos andarem mais rápido no trânsito de Nova Iorque. Isso porque, com a estrutura de mobilidade urbana pensada para os ciclistas, mais pessoas optaram por deixarem seus carros na garagem – não apenas pela preocupação com o meio ambiente, mas também pelos gastos trazidos pelos automóveis.
Embora as políticas de incentivo às bicicletas assumam fundamental importância para a diminuição do uso de carros, os pesquisadores atribuem o alívio do trânsito às soluções de mobilidade urbana que acompanham as ciclovias. O especialista em trânsito Christopher McBridge reforça que, nos últimos anos, houve melhorias na sinalização do tráfego de Nova Iorque. Assim, o sistema de sinais mais eficiente ajuda a inibir os congestionamentos, mesmo com um alto número de veículos circulando pela cidade.
O estudo demonstra que, mesmo com mais deslocamentos de bicicleta, as vendas de carro aumentaram ligeiramente na metrópole, nos últimos anos: em 2008, mais de 756 mil automóveis foram vendidos em Manhattan, e, em 2011, o número chegou a 764 mil. Além disso, durante o período, o sistema de transporte público da metrópole enfrentou cortes e aumento de passagens, prejudicando a mobilidade na cidade.
O vice-comissário do Departamento de Tráfego e Planejamento, Bruce Schaller, destacou que a criação das ciclovias em Manhattan não incomodou os motoristas porque as bicicletas já circulavam por estas áreas das pistas por muito tempo, mesmo sem a demarcação da faixa exclusiva, medida que aumenta a segurança dos ciclistas.
De acordo com o site eCycle, o estudo também analisou os períodos do ano em que o tráfego é mais intenso em Nova Iorque. Por um lado, foi constatado que os primeiros três meses e agosto apresentaram o menor índice de congestionamento. Por outro lado, os carros circulam com menores velocidades em maio, junho, julho e dezembro.
Redação CicloVivo -
Aqui no Brasil estamos começando a nos movimentar no sentido de se utilizar mais a bicicleta no dia a dia, incorporá-la como mais um elemento no universo de locomoção urbana.
Minha viagem por São Paulo se originou de uma questão pessoal, uma busca de sentido para a vida lamentável que levava, disso não faço segredo a ninguém. desde 2012, em Formosa, deixei de usar carro e só me deslocava de bicicleta pela cidade, mas sem essa consciência da amplitude do gesto. Só a partir de 2013 que tomei conhecimento desse movimento que se iniciou há pouco tempo no Brasil, ainda que limitado, na prática, a São Paulo, Rio e os outros estados do Sul, mais timidamente.
Entretanto, a satisfação que senti e que me envolveu (e se mantém até hoje) no pedalar, me levou a me decidir a usar de ora em diante, somente bicicleta - exceto em uma ou outra ocasião em que um automóvel será indispensável. E aí também foi que percebi interiormente o sentido do movimento de inclusão ciclista na mobilidade urbana.
Estamos apenas no início do movimento, mas acredito que resultados práticos não demorarão muito a surgir e a serem implantados, a princípio forçosamente, mas num prazo maior, de forma consciente por parte de autoridades administradoras públicas do País.
Que venham logo essas modificações na paisagem urbana.
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